Como uma continuação do que escrevi semana passada sobre Marketing de Luxo, venho desta vez dar exemplos que vem ocorrendo por causa deste novo conceito de luxo que vem se criando irei citar a estratégia usada na construtora Cyrela e na LVMH com a Vueve Clicquot e com a Dom Perignon.
“O grande negócio é fazer de conta que não se está vendendo nada, mas sim contribuindo para aproximar a cultura das pessoas. As pessoas não compram porque o produto tem ou não um fator cultural agregado, mas esse envolvimento ajuda indiretamente a vender”, afirma Carla Fernandes, gerente de comunicação da Cyrela, que em agosto usou as obras do artista plástico Romero Brito para criar todo o material de divulgação de um novo condomínio residencial em São Paulo.
No caso das champanhes Dom Perignon e Veuve Clicquot, a facilidade na hora de dar um toque de arte à bebida centenária veio somente após a aquisição das marcas envolvidas pelo mesmo grupo controlador, o LVMH. Assim, a primeira aproveitou para chamar o estilista Karl Lagerfeld para assinar as fotos da campanha publicitária do lançamento da safra 1996, em garrafas magnum, e a segunda foi ainda além. Valendo-se das estampas inconfundíveis da maison Pucci, a marca recriou rótulo, embalagem e material de divulgação da tradicional Veuve Clicquot para o lançamento da safra 1996 da cuvée La Grande Dame, uma série limitada de apenas 9 mil garrafas.
“Agregar elementos de arte traz leveza e dinamismo a uma marca com mais de 300 anos de história “, explica Gabriela Moreno, gerente de marketing da Veuve Clicquot. “A associação entre os dois universos é quase natural, uma vez que o mercado de luxo trabalha em cima do trabalho de artesãos, que já têm a própria arte no meio”, completa Morgane Pont-Bruyns, gerente de marketing de Dom Perignon.